Canabidiol pode ser eficaz contra superbactérias se aliado a antibiótico

Segundo um estudo recente publicado na Scientific Reports, que revela a poderosa atividade antibacteriana do canabinoide, a combinação do canabidiol (CBD), um dos compostos encontrados na maconha, com o antibiótico polimixina B demonstrou ser uma terapia eficaz contra superbactérias, de acordo com um novo estudo publicado em abril na Scientific Reports.

Os pesquisadores também observaram que o CBD sozinho apresentou atividade antibacteriana contra bactérias como Staphylococcus, que pode causar de faringite a endocardite, Enterococcus, que pode afetar o aparelho digestivo e urinário, Streptococcus, que pode provocar faringite, escarlatina, febre reumática e até pneumonia e meningite, Micrococcus, que afeta o equilíbrio da microbiota da pele, Rhodococcus sp., relacionado com infecções respiratórias, e Mycobacterium sp., Neisseria sp. e Moraxella sp., que podem causar infecções nas vias aéreas.

“Nossos achados demonstraram que a combinação do CBD ultrapuro com o antibiótico polimixina B teve atividade antibacteriana contra superbactérias, como Klebsiella pneumoniae extremamente resistente a antibióticos; bactéria que pode causar infecções graves em pessoas no hospital, como pneumonia, infecções no sangue e meningite. E, de modo surpreendente, os resultados foram promissores contra bactérias que também eram resistentes à polimixina B, ou seja, para aquelas que o antibiótico sozinho não tem atividade”, explica Leonardo Neves de Andrade, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da Universidade de São Paulo (USP), Brasil, biomédico e coordenador do estudo.

Estudos serão aprofundados

Além da FCFRP, participaram do estudo pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, da UNESP de Araraquara e do Instituto Ramón y Cajal de Investigación Sanitaria (IRYCIS) da Espanha.

Andrade explica que diferentes metodologias utilizadas contribuíram para o entendimento de conceitos microbiológicos sobre a atividade antibacteriana da combinação do CBD com a polimixina B. “Sugerimos que os canabinoides sejam mais explorados pela ciência por meio de novas formulações farmacêuticas, ensaios pré-clínicos e testes clínicos em seres humanos, visando o reposicionamento do CBD como novo antibiótico”, destaca o professor em nota oficial sobre o estudo.

“O CBD já tem sido associado a múltiplas e potenciais atividades biológicas, especialmente ansiolítica, antipsicótica, anti-inflamatória, analgésica e neuroprotetora em casos de epilepsia, transtornos de ansiedade, distúrbios do sono, Parkinson e esquizofrenia”, explica José Alexandre Crippa, professor da FMRP, médico psiquiatra e um dos autores do estudo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a resistência bacteriana é caracterizada pela capacidade das bactérias em resistir à ação dos medicamentos antibióticos. O resultado é o aumento da dificuldade em tratar doenças infecciosas já conhecidas, causando um prolongamento da infeção, necessidade de cuidados mais intensivos, invalidez e até morte.

“Considerando as implicações sanitárias, sociais e econômicas da crescente resistência bacteriana, a OMS chama a atenção para a pesquisa, descoberta e desenvolvimento de novos antibióticos”, explica Fernando Bellissimo Rodrigues, professor da FMRP, médico infectologista e um dos autores do estudo.

Ainda de acordo com o especialista, existem infecções hospitalares causadas por bactérias resistentes a praticamente todas as opções terapêuticas disponíveis atualmente. “Dessa forma, o CBD surge como uma promessa, pois já tem uso licenciado e já demonstrou ser seguro para outras indicações clínicas. Os próximos passos envolvem os testes pré-clínicos e clínicos futuros em seres humanos, para avaliar se os resultados obtidos ‘in vitro’ serão confirmados”, explica Bellissimo Rodrigues.

Um estudo separado conduzido por pesquisadores da Universidade de Queensland (UQ), na Austrália, demonstrou que o canabidiol é capaz de matar as bactérias responsáveis ​​pela gonorreia, meningite e doença do legionário.

“Essas bactérias têm uma membrana externa extra, uma linha adicional de defesa que torna mais difícil a penetração dos antibióticos”, disse Mark Blaskovich, professor associado do Instituto de Biociência Molecular da UQ.

O estudo australiano também mostrou que o CBD foi amplamente eficaz contra um grande número de bactérias gram-positivas, incluindo patógenos resistentes a antibióticos, como MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina) ou “estafilococo dourado”.

“O canabidiol mostrou uma baixa tendência de causar resistência em bactérias, mesmo quando aceleramos o desenvolvimento potencial aumentando as concentrações do antibiótico durante o ‘tratamento’”, disse Blaskovich sobre testes feitos em modelos de laboratório para ver o quão rápido a bactéria sofreu mutação para tentar superar o poder antibacteriano do CBD.

Cannabis Business se tornam a preferência no mundo dos investimentos

Cannabis segue aquecida na bolsa de valores e a tendência é que se torne ainda mais

O ciclo do dinheiro do mercado ilícito de maconha normalmente começa na troca direta de
papel moeda, mas, cedo ou tarde, passa pelas transações eletrônicas do mercado
financeiro para ser lavado. Com a legalização ganhando terreno pelo mundo, o cenário
mudou: negócios canábicos já servem de lastro para fundos de investimentos negociados
em bolsa. E isso não é uma transação obscura.

Tudo mudou mesmo. A princípio não se trata mais de lavagem de dinheiro. Agora são
empresas formais, que vendem maconha pagando imposto e oferecem ações na bolsa para
alavancar o negócio.

A pioneira nesta estratégia foi a canadense Canopy Growth, que abriu seu capital na bolsa
de Toronto.Quem apostou nela se deu muito bem. As ações da empresa valorizaram
1.823% nos últimos três anos.

Para simples comparação, a segunda empresa que mais valorizou na bolsa canadense no
mesmo período foi a Shopify, com crescimento de 883%.

Nesta disputa de cifras, a cannabis ganhou com quase 1000% de vantagem. No top 10
desta lista ainda aparecem outras três empresas do ramo canábico que também abriram
capital.

Investimento promissor

Com a legalização da planta em diversos países, seja para uso medicinal, cosmético ou
recreativo, o mundo dos negócios estima que este segmento movimente US$ 166 bilhões
por ano até 2025.

A legalização ainda é um sonho distante em alguns lugares, mas o movimento tem mais força em
outros países. No próximo processo eleitoral norte-americano, a legalização deve avançar
em outros estados com a votação de plebiscitos que tratam da permissão para uso
recreativo e/ou medicinal.

Apesar da resistência do governo federal (que ocorre desde a era Obama) em sepultar de
vez a proibição, comprar cannabis com nota fiscal na terra do Tio Sam é algo cada vez mais
comum.

Aos poucos, a cannabis deixará de ser relacionada com as siglas de organizações do
narcotráfico que controlavam o segmento. Entram em cena os códigos das empresas
canábicas que abriram capital.
Também sai de cena o caderninho de anotações das organizações criminosas para dar lugar aos
relatórios de consultorias de investimento, que empolgam investidores com cifras de
crescimento que parecem apontar para o pote de ouro no final de um arco-íris.

Ministra da agricultura exclui pequenos agricultores e restringe ainda mais o setor de cânhamo às grandes farmacêuticas e empresas agrícolas

Mais uma vez vemos uma demonstração de como os interesses econômicos podem e estão acima de qualquer intenção de atender a sociedade. Temos outra vez que vislumbrar o jogo sujo e desonesto que boa parte dos nossos representantes gosta de jogar. E alguns o fazem muito bem.

Em 2020 o governo publicou alterou o Decreto Regulamentar n.º 61/94, de 12 de outubro, definindo as responsabilidades das autoridades oficiais que passariam a ter o controle das autorizações de plantio e cultivo de cânhamo com fins industriais.

A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) ficou encarregada dessa grande missão que é desenvolver o cânhamo industrial e seus derivados em todo o seu potencial, visando o bem estar da sociedade e do planeta, além de gerir o mercado que mais cresce nos últimos anos, trazendo assim lucros e desenvolvimento para o país. A titular responsável pela pasta até o presente e infeliz momento é a Ministra da Agricultura Maria do Céu Antunes.

Quando o novo decreto passou a vigorar, já existiam diversos temas a serem debatidos e muitos envolvidos para serem escutados. A nova direção iniciou seus trabalhos muito empenhados em seu foco, que é o retorno financeiro do setor e pouco interessados em dar voz e posição aos produtores e agricultores que desde o principio estão lutando por seus lugares, muitas vezes humilhados e saqueados através de burocracias e tributos desconcertantes.

Em uma recente entrevista, a senhora ministra Maria do Céu Antunes, teve a audácia de sugerir que as tentativas de comunicação por parte das empresas de pequeno e médio porte do setor de cânhamo não aconteceram e, se aconteceram, elas foram sim atendidas .

Ao mesmo tempo em que alguns eram ignorados, outros recebiam uma atenção exagerada por parte da ministra. E não surpreende saber que estes beneficiados são os gigantes do setor farmacêutico, que já exploram outros recursos no melhor modelo capitalista que tanto agrada pessoas como Maria do Céu.

E nada prova mais essa teoria do que os últimos acontecimentos envolvendo a senhora Ministra da Agricultura e toda a sua falta de sensibilidade e moral sobre dezenas de trabalhadores que tanto fizeram pelo país nos últimos anos.

Em entrevista dada ao portal Cannareporter, Maria do Céu foi taxativa ao dizer que as flores de cânhamo são terminantemente proibidas na vertente industrial e que qualquer licença depende exclusivamente da Infarmed. Nesse momento, a ministra ainda disse que busca o relacionamento estreito com os produtores e agricultores mantendo a porta aberta e os visitando para diminuir ainda mais esses laços. Porém, isso não passa de falácia, pois não é o que acontece na realidade e sua própria portaria de reclamações pode provar isso.

O ápice de suas péssimas intenções políticas veio através da nova portaria publicada em 5 de Janeiro deste ano, que estabelece novas regras absurdas criadas apenas para limitar os pequenos agricultores promovendo a iniquidade e condenando o crescimento de boa parte dos empresários ligados ao setor.

As regras imorais estabelecem entre outras coisas um limite mínimo de 0,5 ha de cultivo, o que surpreendentemente para Maria do Céu não restringe o pequeno agricultor. Ora, será que existe uma forma melhor de reservar o setor apenas para os grandes do que dificultando o acesso dos menores de forma explícita e desleal?

Em contrapartida, os assuntos que se resolvidos teriam tornado mais fácil o trabalho dos agricultores e empresários do setor  de cânhamo por todo esse tempo, estão sem definição. segundo fontes, o protocolo de colaboração entre o Ministério da Agricultura (DGAV e IFAP) e as forças policiais (PJ, GNR e PSP), que deveria ter sido divulgado no máximo 30 dias após a publicação do Despacho n.º 10953/2020, do dia 9 de Novembro de 2020, estará agora, mais de um ano depois, “em circulação, numa versão final”, mas ainda não é conhecido.

Conclusão

Depois de observar os sórdidos passos dados no último ano por nossos representantes oficiais em relação ao mercado que há muito estamos construindo, podemos concluir alguns pontos:

Nossos ideais continuarão os mesmos e seguimos esperando que boas decisões sejam tomadas, não apenas para quem abraça os grandes acordos com governos mas também para quem firma compromissos com a sociedade, que é o caso de todos os envolvidos no grande percurso que nos trouxe até aqui.

Esperamos que a ministra Maria do Céu possa deixar de lado os seus supostos interesses escusos e caminhar ao lado dos profissionais que verdadeiramente chamaram a atenção para um mercado potencialmente gigantesco e que tanto contribui para a evolução humana. Nossa análise não terminará aqui e iremos cobrar  cada dia mais que as únicas medidas aceitáveis sejam as cabíveis e tomadas.

Aguardemos as próximas cenas.

Reino Unido realizará teste para analisar spray oral a base de cannabis para tratar tumor cerebral agressivo

Em um estudo de fase II, os pesquisadores avaliarão se a adição de Sativex, spray oral que contém os canabinóides THC e CBD, à quimioterapia pode melhorar o prognóstico daqueles diagnosticados com glioblastoma recorrente, que atualmente tem uma taxa média de sobrevivência de menos de dez meses.

O novo estudo de fase II, a ser financiado pela The Brain Tumor Charity , será lançado em 15 hospitais do NHS e segue resultados promissores de um estudo de fase I em 27 pacientes.

O que é Sativex?

Sativex atualmente já é usado para tratar a esclerose múltipla e, no estudo de fase I realizado em glioblastomas no início deste ano, foi considerado tolerável em combinação com quimioterapia e tinha o potencial de prolongar a sobrevida. Embora o estudo de fase I tenha observado que mais pacientes estavam vivos após um ano no braço do Sativex em comparação com o braço do placebo, o estudo não teve poder suficiente para mostrar o impacto na sobrevida.

O novo estudo de fase II de três anos (chamado ARISTOCRAT), liderado pela professora Susan Short da Universidade de Leeds e coordenado pela Unidade de Ensaios Clínicos do Reino Unido da Cancer Research da Universidade de Birmingham , recrutará mais de 230 pacientes em todo o Reino Unido no início de 2022, sujeito à captação de recursos suficientes. Tendo experimentado uma queda de 25% na renda no ano passado devido à pandemia do COVID-19, a The Brain Tumor Charity lançou um apelo para arrecadar os £ 450.000 necessários para abrir o julgamento o mais rápido possível.

Os tratamentos atuais para o glioblastoma são limitados

Os especialistas esperam que, se o teste for bem-sucedido, o Sativex possa representar uma das primeiras adições ao tratamento do NHS para pacientes com glioblastoma desde a quimioterapia com temozolomida em 2007.

O glioblastoma é o tumor cerebral primário de alto grau mais comum em adultos. Em média, cerca de 2.200 pessoas são diagnosticadas com glioblastoma a cada ano somente na Inglaterra . Os tumores são geralmente de crescimento rápido e difusos, com limites mal definidos e gavinhas em forma de fio que se estendem para outras partes do cérebro. Quase todos os glioblastomas se repetem, mesmo após tratamento intensivo, incluindo cirurgia, radioterapia e quimioterapia, e a sobrevida média é de apenas 12 a 18 meses a partir do primeiro diagnóstico.

Nos últimos anos, tem havido um interesse global significativo sobre a atividade dos canabinóides em tumores cerebrais, com a visão de que os produtos à base de canabinóides podem ajudar a aliviar os sintomas e até ter um impacto positivo na sobrevivência . Vários estudos laboratoriais pré-clínicos sugeriram que os canabinóides THC e CBD podem reduzir o crescimento de células tumorais cerebrais e interromper o fornecimento de sangue aos tumores. No entanto, até o momento, a evidência clínica de que eles poderiam tratar tumores cerebrais tem sido limitada.

Neste novo estudo de fase II, os pesquisadores avaliarão se a adição de Sativex ao atual tratamento quimioterápico padrão (temozolomida) pode prolongar a vida de adultos diagnosticados com recorrência de seu glioblastoma após o tratamento inicial.

O estudo planeja recrutar 232 participantes em um mínimo de 15 hospitais: dois terços dos participantes receberão temozolomida mais Sativex, enquanto um terço receberá temozolomida mais placebo.

Sativex, fabricado pela GW Pharma, é um spray bucal contendo 1:1 THC (Delta-9-tetrahidrocanabinol) e CBD (canabidiol), com os ingredientes ativos sendo absorvidos no revestimento da boca, sob a língua ou dentro da bochecha .

Os participantes do estudo serão solicitados a administrar até 12 sprays por dia (ou até a dose máxima que podem tolerar se menos de 12) de Sativex ou sprays orais placebo. Eles passarão então por acompanhamentos regulares, incluindo avaliações clínicas (a cada quatro semanas), exames de sangue, exames de ressonância magnética (a cada oito semanas) e deverão preencher questionários de qualidade de vida. Este também será um dos primeiros testes a se integrar ao aplicativo da The Brain Tumor Charity, BRIAN.

Uma combinação de Sativex e quimioterapia

Os pesquisadores avaliarão se a adição de Sativex à quimioterapia prolonga a vida geral dos pacientes (sobrevida global), retarda a progressão de sua doença (sobrevida livre de progressão) ou melhora a qualidade de vida.

A pesquisadora principal, professora Susan Short, professora de oncologia clínica e neuro-oncologia da Universidade de Leeds, disse: “O tratamento de glioblastomas continua sendo extremamente desafiador. Mesmo com cirurgia , radioterapia e quimioterapia, quase todos esses tumores cerebrais voltam a crescer dentro de um ano e, infelizmente, há muito poucas opções para os pacientes quando isso ocorre.

“Os canabinóides têm efeitos bem descritos no cérebro e há muito interesse em seu uso em diferentes tipos de câncer há muito tempo. Os tumores cerebrais de glioblastoma demonstraram ter receptores para canabinóides em suas superfícies celulares, e estudos de laboratório em células de glioblastoma mostraram que essas drogas podem retardar o crescimento do tumor e funcionam particularmente bem quando usadas com temozolomida.

“É realmente emocionante que agora estejamos no ponto em que podemos realizar um estudo definitivo e bem projetado que nos dirá a resposta para saber se esses agentes podem ajudar a tratar a forma mais agressiva de tumor cerebral. Tendo mostrado recentemente que uma combinação específica de canabinóides administrada por spray oral pode ser adicionada com segurança à quimioterapia com temozolomida, estamos realmente empolgados em aproveitar essas descobertas para avaliar se esse medicamento pode ajudar os pacientes com glioblastoma a viver mais em um grande estudo randomizado”.

David Jenkinson, CEO interino da The Brain Tumor Charity, que está financiando o estudo, disse: “Esperamos que este teste possa abrir caminho para uma nova linha de vida há muito esperada que possa ajudar a oferecer aos pacientes com glioblastoma meses extras preciosos para viver e criar memórias. com seus entes queridos.

“Com tão poucos tratamentos disponíveis e a sobrevida média ainda tão dolorosamente curta, milhares de pessoas afetadas por um glioblastoma no Reino Unido a cada ano precisam urgentemente de novas opções e novas esperanças.

“Sabemos que há um interesse significativo entre nossa comunidade sobre a atividade potencial dos canabinóides no tratamento de glioblastomas, e estamos muito animados que este primeiro teste mundial aqui no Reino Unido possa ajudar a acelerar essas respostas. As recentes descobertas em estágio inicial foram realmente promissoras e agora estamos ansiosos para entender se a adição de Sativex à quimioterapia pode ajudar a prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida, o que seria um grande passo em nossa capacidade de tratar essa doença devastadora.

“Mas também sabemos que, para muitos, este julgamento não virá em breve. Enquanto isso, enquanto outros produtos à base de cannabis podem ajudar a aliviar os sintomas, não há evidências suficientes para recomendar seu uso para ajudar a tratar tumores cerebrais. Para qualquer pessoa que considere usar produtos à base de cannabis ou outras terapias complementares, é vital que você discuta isso primeiro com sua equipe médica, pois eles podem interagir com outros tratamentos, como medicamentos antiepilépticos ou esteróides”.

Ensaio Sativex fase I

Stephen Lee, 62 anos, de Leyland em Lancashire, participou do estudo de fase I do Sativex em 2015, depois que seu glioblastoma retornou após o tratamento inicial. Stephen foi diagnosticado pela primeira vez em 2010, apenas alguns meses depois de ter perdido seu irmão mais velho para a mesma doença.

Stephen disse: “Meu diagnóstico foi muito repentino e foi um daqueles dias que você nunca esquece. Tendo que sair mais cedo do trabalho com uma forte dor de cabeça e uma pontada no olho direito, minha esposa insistiu que fôssemos direto para o hospital depois do que meu irmão havia experimentado.

“Fui internado no mesmo dia, fiz um exame e foi aí que identificaram que era um tumor cerebral. Fiz a operação na semana seguinte e, de antemão, minha esposa e eu concordamos que queríamos permanecer positivos, continuar vivendo nossas vidas e aproveitar o tempo que tivéssemos juntos.

“Entrei no teste inicial do Sativex na esperança de que pudesse melhorar minha qualidade de vida, mas também achei importante fazê-lo, pois a quimioterapia e a radioterapia que eu estava fazendo haviam sido testadas por outras pessoas antes que pudessem ser usadas. com segurança. Achei correto e apropriado seguir seus passos e participar de um teste para ajudar a provar uma nova droga que poderia beneficiar tantas pessoas no futuro com um glioblastoma recorrente.

“Tomei o spray oral dez vezes por dia e foi fácil, pois podia levá-lo aonde quer que fôssemos, mesmo quando saíamos para jantar. Embora eu não saiba se tomei Sativex ou placebo, desde que o teste terminou em 2016, todos os meus exames de ressonância magnética foram limpos.

“Este novo estudo é tão importante, pois dará às pessoas esperança de que pode haver vida além de um diagnóstico de glioblastoma e que existem outros tratamentos sendo testados para apoiá-los a viver suas vidas”.

Reportagem extraída do Healh Europa

Comissão Europeia avança na reforma do CBD para 2022

Finalmente, o corpo europeu está avançando nos assuntos relacionados à cannabis e consequentemente avança na reforma do CBD.

De fato, esta semana a Comissão Europeia divulgou a notícia de dois importantes desenvolvimentos que certamente farão o setor avançar regionalmente. Isso é verdade mesmo se uma ação legal adicional for necessária em jurisdições específicas.

Com a reforma a nível da EU, isso cria a oportunidade para mudanças políticas e regulatórias em países individuais como nunca antes. Um exemplo muito bom disso é o caso Kanavape na França, que foi levado a um desafio legal em nível da EU e que, por sua vez, gerou uma ação semelhante na Alemanha para permitir a importação de produtos de cânhamo.

O primeiro anúncio vai impactar a produção de cânhamo . O segundo vai mover a agulha no estabelecimento de padrões em toda a EU na frente do cultivo.

Não importa quão longa e torturante tenha sido a espera, inclusive graças aos atrasos do COVID, há de fato luz no final deste túnel de cana que não é apenas mais um trem.

Validação de 5 novas aplicações em alimentos na reforma do CBD

Pelo menos cinco empresas na EU acabaram de receber notícias de que seus casos de Novel Food CBD chegaram aos estágios finais do processo Novel Food. Essas empresas estão localizadas na República Tcheca, Eslovênia, Suíça, França e uma empresa britânica. 

Reforma do CBD avança na Europa

A regulamentação de novos alimentos é muito mal compreendida fora da Europa – e mesmo dentro de suas fronteiras há muita confusão. Essencialmente, este regulamento afirma que, se uma planta não estiver em grande circulação e amplamente consumida desde 1997, ela deve passar por um processo de conformidade separado. Quando isso é aplicado à cannabis, significa três coisas: a fonte da semente, seu cultivo e como ela é extraída.

O fato, no entanto, de que cinco desses pedidos tenham atingido o nível final de aprovações em toda a EU é uma boa notícia para toda a indústria. Toda a conversa foi adiada nos últimos dois anos graças não apenas ao COVID, mas também às discussões em nível da EU, bem como internacionais sobre como proceder com toda a legalização da cannabis.

Painel da CE vai votar nos níveis de THC em alimentos

Talvez o atraso de dois anos em todas as coisas relacionadas à cannabis, mesmo relacionadas ao cânhamo, esteja começando a romper o impasse legal e regulatório na CE. Talvez seja o fim do COVID, ou um entendimento, mesmo neste nível sangrento, de que a reforma não vai desaparecer.

Independentemente disso, o Comitê Permanente de Plantas, Animais, Alimentos e Rações da CE está novamente programado para votar uma proposta que aumentaria o nível aceitável de THC em alimentos de cânhamo comercializáveis ​​na Europa. Isso depois de ter adiado a decisão duas vezes agora.

De acordo com a proposta, que será considerada na próxima segunda-feira, 28 de fevereiro, o nível de óleo derivado de cânhamo será fixado em 7,5 mg/kg, enquanto os alimentos secos de cânhamo, como sementes de cânhamo descascadas, farinha e proteína em pó, serão limitados a 3 mg/kg. . As sementes de cânhamo contêm quase zero THC, mas vestígios estão presentes nas cascas.

Rumo a uma política consolidada de bom senso na frente da EU?

É muito cedo para comemorar em qualquer frente, apesar de este mês ter visto o avanço regulatório de duas grandes questões da discussão do cânhamo em nível regional. No entanto, talvez não seja muito otimista esperar que o avanço dolorosamente lento esteja agora chegando ao fim. Além disso, a temperatura em direção à reforma da cannabis geralmente avançou nesse meio tempo e de maneiras bastante amplas e significativas.

Estas são, de fato, grandes decisões e etapas a serem cumpridas. Por essa razão, há motivos para aplaudir, embora os detalhes ainda estejam muitas vezes perdidos no mato.

Fonte: High Times Magazine

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